domingo, abril 17, 2011

Pois é

Fechado para balanço sem previão de novas postagens.

segunda-feira, maio 11, 2009

Perda

É incrível como a própria palavra nos consegue assolar a alma, relembra-nos da nossa mortalidade e fragilidade. E com um campo tão abrangente de grau de importância… Perdi aquele papel insignificante, perdi o comboio, perdi o telemóvel, … perdi o meu mentor, perdi o meu amor…

Uma palavra que nos leva ao que mais tememos… Ao sentimento de falta e ausência. Saudades do que em tempos foi nosso, que era a nossa vida… do que, num ápice, desapareceu sem realmente entendermos o porquê. E tudo porque sempre achámos que iria ser eterno, que teríamos todo o tempo do mundo para viver aquela vida. E num instante, o que considerávamos a essência de viver, esfumou-se por entre a neblina da madrugada que não se fez notar…

Então, vemo-nos a andar em círculos numa rotunda sem saber que saída tomar. Esperando que aquela saída, aquele caminho por onde queríamos seguir volte a estar desimpedido. Andamos às voltas e voltas, à espera duma presença, duma mão amiga que nos diga “é por ali o caminho que deves seguir e eu acompanhar-te-ei” com um sorriso resplandecente que nos ilumina novamente a alma. Que nos retira das trevas sombrias que nos rodeavam fazendo-nos novamente acreditar na honestidade, na felicidade, na beleza que este mundo se diz ter.

Quantos de nós ainda anda em círculos? Ou parados até?! À espera dum sinal, de algo…

Mas requer força, às vezes até demasiada. Pensamos que requer mais do que aquilo que possuímos, que conseguimos fazer… Então deixamo-nos estar sentados, vendo o mundo passar. E então o sol já não nos parece tão brilhante, a lua tão encantadora, a neve tão mágica, e a música já não nos soa tão bem, ou então soa-nos demasiado aquilo que mais queremos esquecer, fugir.

Porque nunca sabemos, realmente, quando ultrapassámos a dor, o sofrimento, até sermos novamente confrontados com algo que nos relembra demasiado aquela faca que foi mais funda do que as outras…

Perda… o sentimento que mais nos assola. Que enlouquece, que nos deita por terra, que transforma o mais belo dia na noite mais sombria.

Enfrentá-la é terrível, ultrapassá-la é de loucos, desumano, infernal!...

Um grande abraço e obrigado ao meu mestre, mentor e incentivador da escrita, Dr. Camilo de Araújo Correia, que partiu demasiado cedo no Inverno da sua vida.

Um obrigado a quem me inspirou e confrontou com tal sentimento.

Por último, um muito obrigado a quem nunca deixou de acreditar, a quem sempre incentivou-me e apoiou-me para voltar a escrever, quando a palavra era o que eu mais temia.

Sem mais, aqui fico.

Beijos e abraços


segunda-feira, agosto 08, 2005

Aos sonhos…

Aos sonhos, pois são eles a razão para viver.
Aos sonhos, pois são eles que nos dão vontade de andar para a frente.
Aos sonhos perdidos, realidades que nunca se viveram.
Aos sonhos alcançados, desejos realizados.
Aos sonhos inalcançáveis (será que existem?), que ao menos não o sejam por falta de tentativas. “A realidade será alcançada consoante o esforço aplicado…”.

Aos sonhos, que nos dão vontade de andar para a frente!

Arrependo-me de certas coisas que fiz, mas mais daquilo que não fiz.
Sonhos desvalorizados, subvalorizados, cuja importância só a percebi após eu os ter perdido. Arrependo-me disso…

Acho que ainda não se reflectiu sobre a verdadeira importância dos sonhos. Uma fonte de vida, de razões para viver, virtualmente inesgotável…Uma pessoa sem sonhos não vive, sobrevive. E mal…

Que os sonhos nunca acabem. Para bem ou para mal!!

Sonha!! Vive!!

Aos sonhos, que nos ajudam a dar o próximo passo!

Abraços e beijos (só para quem merece)

domingo, julho 10, 2005

Será que não aprendemos nada?!?

Mudam-se os governos,
Mudam-se os discursos.
Mudam-se os orçamentos,
Mudam-se os responsáveis.
No entanto, permanecem os mesmo problemas,
Os mesmos erros, as mesmas incompetências.
Os mesmos cenários de destruição…


As desculpas repetem-se enquanto as chamas consomem o que ousou sobreviver do flagelo que Portugal sofreu o ano passado.

Incrível como parecemos estar a seguir os passos para uma nova (??) calamidade.


Será que não aprendemos nada?!?


segunda-feira, junho 06, 2005

Sweet Innocence

“Porque é k chove?”. Uma pergunta extremamente simples. Qualquer pessoa diria que se trata duma precipitação de gotas, diria que é o resultado de acumulação de H2O nas nuvens e por aí adiante… Qualquer destas respostas é plenamente aceite pela nossa sociedade como verdadeiras e não nos suscita grandes questões filosóficas ou coisa do género…
Há porem outras respostas mais interessantes…
“Porque é que chove?”, perguntaram à minha irmã. “Para regar a relva”, respondeu ela na sua maior ingenuidade ( :P ). Para regar a relva… E porque é que não há-de ser verdade?!? Porque é que não há-de chover apenas para regar a relva e as plantas?? Será assim tão difícil de aceitar…?
Neste mundo em que vivemos temos de decompor tudo à mais ínfima parte para racionalizar, para tornar plausível, aceite e justificável perante a ciência, esquecendo a hipótese que poderá apenas chover para regar as plantas só… Afinal de contas, antigamente, acreditávamos que apenas chovia porque era assim que Deus queria…
SIM!!! Acredito que chove para regar as plantas!

(risos)

Um dia, minha querida irmã, vão-te dizer a (?verdadeira?) razão pela qual chove e aí vai-se perder mais um bocado da magia. Vão-te dizer que chove pela razão menos encantada e mágica que poderias imaginar…

A ingenuidade é uma coisa engraçada… O mundo visto dos olhos duma criança deve ser uma coisa mágica, engraçada, cheia de cores e sem grandes complicações ( e ciência).

*Para a minha irmã um beijo do tamanho do mundo*

Sem mais aqui fico
Beijos e abraços (só para quem merece)

P.S. – para quem não sabe ela tem 4 anos. Lol :)

quarta-feira, maio 11, 2005

E porque…

“… e porque és água e mar que me aconchega e me atormenta, e porque és histórias passadas que se encontram no presente, e porque és ar que me deixa viver e me sufoca, e porque és fogo que me aquece e me queima, e porque és o meu amigo que melhor me conhece e nunca te vi, e porque és vinha comum que dá fruto nunca visto, e porque és manhã, tarde e noite sem nunca ser dia, e porque és inconstante duma forma tão monótona, e porque és sempre um dos presente e no entanto nunca te viram, e porque me falas duma maneira silenciosa que só eu escuto, e porque és cara e coroa duma moeda imaginária na nossa realidade, e porque és nascer-do-sol e pôr-do-sol numa noite interminável e nunca vista, e porque és casa no meio do monte rodeado pela cidade, e porque és a coisa mais barata que o dinheiro nunca poderá comprar, e porque és a altura mais alta no chão mais profundo, e porque és isto e muito mais…. porque és eu e não te conheço…”

Costuma-se dizer que ninguém nos conhece melhor do que nós próprios mas… será que nos conhecemos?

Sem mais aqui fico…
Abraços e beijos (só para quem merece)


P.S. – peço desculpa pela demora dum novo texto mas a inspiração e abundância de assuntos não têm propriamente andado a acompanhar-me.

P.S. 2 – um grande presunto (pvt joke) para as 4 belas meninas de E.I. acompanhado por 1, perdão, 2 beijos!! =)

segunda-feira, abril 04, 2005

Urinol, aquele lugar…

Pois é… Numa certa conversa com uma rapariga entre amigos reparei que, efectivamente, um lugar do qual mulher não sabe nada. É mais ao menos como, em relação aos homens, das idas à casas-de-banho das mulheres aos pares ou mais. Senão, vejamos bem: no caso do casamento. No casamento o casal partilha tudo, ou melhor, quase tudo pois há certas coisas que nunca se vão revelar por completo. Após o casamento a mulher nunca vais saber o que é o homem faz ou como é que se comporta nos urinóis, pois não têm um em casa, e o homem nunca vai saber o porquê da mulher nunca ir sozinha à casa de banho, quando está com amigos/amigas. Há coisas que, pura e simplesmente, nunca se vão partilhar… É o destino.

Por isso, e a pedido de várias famílias (ou não), resolvi fazer aqui um texto sobre o homem nos urinóis…

Há dois tipos de urinóis: os individuais e os comuns. Os comuns são aqueles em que há uma placa com vários repuxos de água. Como não têm divisórias nem nada do género, surge sempre aquele problema do espaço… Como é que podemos definir o nosso espaço nesses urinóis? Não podemos virar-nos para o gajo ao lado e dizer “Olha, lá, tas a ver aqueles dois repuxos? Pronto, é esse o meu espaço, por isso mexe-te…”. A única piada é quando temos um desses só para nós. Aí sim, e porreiro. Procuramos mijar continuamente de uma ponta à outra, e se possível ainda escrever o nosso nome. Que loucura… De qualquer das formas esses urinóis devem ter para o homem se despachar, o que podemos concluir que ou foi criado por mulheres ou por gay-jos com outros interesses…
Os outros são os individuais. Esses são os mais comuns e com mais código. Aí um homem chega e escolhe, se possível um urinol com uma distância de 2 urinóis do que está a ser usado. Não convém ir para o que está mais ao longe pois isso é uma atitude de covarde. Não… 2 chegam… E depois ficamos aí um tempo a olhar para o tecto, a brincar com as bolas de naftalina, a apontar para a rede ou então directamente para o buraco. Divertimentos… Depois vem o grande problema: corre o boato que gajo que é gajo só sacode 3 vezes porque à 4 já é considerada masturbação, agora se é verdade ou não, não sei…

Por isso mulheres, como vêm, há mais do que aparento no que toca a urinóis… É o nosso pequeno espaço, onde reflectimos sobre a vida, nomeadamente. É aí e na poltrona do poder, vulgarmente conhecida como a nossa sanita. Atenção, não é qualquer sanita!! Para ser a nossa poltrona do poder tem de ser a nossa sanita!

(um pequeno pensamento: será que as pessoas que estão a ser identificadas na polícia ficariam com uma cara mais alegre se estivessem nos urinóis? Era uma ideia…)

Aqui ficam desvendados alguns segredos dos urinóis… a propósito, já agora, porque é que as mulheres nunca vão sozinhas à casa-de-banho? Fico à espera de resposta…

Sem mais aqui fico
Abraços e beijos (só para quem merece)